terça-feira, 19 de abril de 2011

Murilo de Azevedo Marx > Professor de arquitetura e conselheiro da Pinacoteca-SP, ele transmitia mensagem de amor à vida

    São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011


MURILLO DE AZEVEDO MARX (1945-2011)

Professor de arquitetura da USP

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

      Murillo de Azevedo Marx, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, tinha um bordão capaz de resumir sua personalidade, segundo a família. Era a frase "Vamos comemorar!".
      Metódico e acostumado a trabalhar cerca de 14 horas por dia, era também cordial e de postura positiva com a vida, lembra o irmão, Arturo.
      Toda a formação acadêmica de Murillo foi feita na USP, onde seu avô teve papel importante. Ele era neto de Fernando de Azevedo (1894-1974), educador, diretor da Faculdade de Filosofia da USP e membro da ABL (Academia Brasileira de Letras).
      Filho de um militar da FAB que foi também comandante da Panair, Murillo nasceu no Rio e logo veio a São Paulo.
      Formou-se em arquitetura em 1968. Fez ainda mestrado (1980), doutorado (1984) e pós-doutorado (1991). , "Nosso Chão: Do Sagrado Ao Profano", de 1987, virou livro.
      A também professora da FAU Maria Cecília França Lourenço lembra que o amigo conseguiu criar uma carreira em torno das instituições preservacionistas sem deixar de lecionar na USP.
      Murillo foi diretor do IEB (Instituto de Estudos Brasileiros), do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), vice-presidente do Condephaat e conselheiro da Pinacoteca.
      Aos 65, dava aulas para a graduação e a pós. Muito ativo, participou de mais de 300 bancas -o último seminário que abriu foi na terça. Na sexta, morreu após se engasgar com a comida, no almoço em que comemorava a tese de um aluno. Não teve filhos.

A tese de livre-docência, "Nosso Chão: Do
Sagrado Ao Profano", de 1987, virou livro.



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