quinta-feira, 24 de março de 2011

Consolidando o mercado de arte

João Carlos Lopes dos Santos
Mercado de arte, um
gigante adormecido
     A minha preocupação sempre foi com as pessoas que chegam ao mercado de arte, venham de onde vierem e sejam quais forem os seus objetivos. Alguém tem que cuidar dos não-iniciados. O mercado tem um futuro a perseguir...

Escrevi no Manual do
Mercado de Arte:
     "E os compradores? Eles estão por aí construindo ou decorando uma profusão de casas, apartamentos e empresas, e irão necessitar de quadros e esculturas em seus ambientes.
     "Torna-se imprescindível, portanto, um trabalho planejado, sério e bem executado. Uma das funções do profissional do mercado de arte é estar ao lado do cliente, envolvendo-se e solucionando seus problemas, nos mínimos detalhes, até muito tempo depois da venda realizada.
     "São os detalhes que fazem a diferença. Adjetiva-se de profissional aquele que se constitui em um verdadeiro provedor de soluções para seus clientes, aquele que se compromete acompanhá-lo para sempre. Uma vez cliente - mesmo que jamais procure de novo o profissional - será sempre tratado e acompanhado como cliente."

Divisão de trabalho
traz eficiência
     Já os artistas se ressentem muito da falta de marchands. Quantos artistas plásticos temos em atividade no país? E quantos marchands?
     Os marchands sentem falta de uma formação específica e mais profunda, quando não se dispõe, sequer, da fundamental.
     Cada um com a sua missão. Todos têm que fazer muito bem a sua parte. Cada qual, em seu patamar, deve procurar o melhor para o mercado, que é comum a todos.
     Como não tenho tantos recursos, uso os que tenho para um objetivo, que julgo sólido e eficiente: incentivar a publicação de literatura fundamental para a criação e o fortalecimento de um mercado de arte nacional.
     O objetivo final são os artistas plásticos - a base da pirâmide do mercado e onde processo se inicia. Eles e todos os outros do segmento, necessitam de um mercado sólido.

O calcanhar de Aquiles
     Como se chegar a um mercado sólido, se temos cerca de 100 mil artistas plásticos em atividade e um número tão pequeno de marchands?
     Como suprir o mercado de bons marchands se não temos um curso de formação de profissionais para o mercado, sequer um curso técnico?
     E quanto aos cursos que já existem, de formação de produtores culturais? São ótimos, mas não formam marchands, não preparam profissionais para o mercado de arte. Para o mercado de arte, é imperativo que a formação seja específica.

A  importância   dos
mercados regionais
     Como chegarmos a um curso para a formação de profissionais do mercado de arte, sem uma literatura fundamental de mercado?
     Você já imaginou o dia que, em todos Estados do país, tivermos um dicionário de artistas plásticos da região?
     Você já imaginou o dia em que tivermos um anuário bem abrangente sobre cada mercado de arte regional?
     Creio que seja por aí...

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